Perfil de Paulo Fonseca, por entre U2, Wenger… e Jesus

Nascido em Moçambique, Paulo Fonseca já foi apenas o Fonseca, jogador pacato que passou por seis clubes em Portugal durante 14 épocas. Agora é um treinador apaixonado por tática, que paga churrascos aos jogadores se a equipa fizer um certo número de cruzamentos, e que levou o Paços ao playoff da Champions. O zerozero.pt partiu à descoberta das qualidades humanas do novo técnico do FC Porto. Sim, só qualidades, porque nenhum dos seis entrevistados falou em defeitos.

A castanha de caju é uma das principais produções da província de Nampula, tal como o tabaco. Traduzido para a língua tupi, o caju era acaiu, que significa ‘ano’, isto porque os indígenas contavam os anos a partir da sua floração. E foi há 40 florações de caju que nasceu Paulo Alexandre Rodrigues Fonseca em Nampula, Moçambique. Não chegámos a saber se gosta de caju ou de tabaco, mas tentámos descobrir um pouco do Paulo Fonseca como treinador, como colega e como pessoa.

E já chega de Moçambique, que o Paulo veio para o Barreiro logo no primeiro ‘caju’ de vida. Chegou na azáfama do 25 de Abril de 1974, num ano em que o campeonato era, como agora, jogado com 16 equipas, num ano em que o Sporting foi campeão nacional e num ano onde o Barreirense era primodivisionário – ficou em 13º e quem o treinava era Juca, o moçambicano do Sporting e da Seleção.

No Barreiro cresceu, no Barreiro viveu, no Barreiro se apaixonou pelo futebol e pelo Barreirense. Foi lá que começou a sentir o pulso da redondinha e foi também nesse clube, de quem é «100%» (como disse ao Record), que se estreou como senior, a defesa central. Estávamos nós na época 1991/92, ano de FC Porto campeão, com 10 pontos de vantagem sobre o Benfica, e de Ricky melhor marcador, com 30 golos ao serviço do 3º classificado Boavista.

Constantino, jogador do Leça

Esteve no Barreirense até 1995, por entre divisões inferiores e a jogar no velhinho D. Manuel de Mello. Nesse ano, tinha o Paulo 22 cajus, rumou ao escalão principal e ao norte pela primeira vez. Em Leça da Palmeira, emprestado pelo FC Porto (onde nunca jogou, apenas esteve nos quadros) partilhou o balneário com Constantino, Cristóvão, Cao, Rui Óscar, Djurdjevic e Jaime Magalhães, sob a orientação de Fernando Festas. O Leça safou-se no limite, mas teve Costantino no top dos marcadores, atrás de João Vieira Pinto e Domingos Paciência, o artilheiro do FC Porto campeão, mais uma vez. O central pegou de estaca, fez 22 jogos e só deve ter ficado com um amargo de boca: o Belenenses. Cinco cá, cinco lá, 0x10 no global dos dois jogos contra os do Restelo.

Ironia das ironias, na época seguinte o Paulo rumou ao sul novamente, para aquela zona à beira do Tejo onde os pastéis saem quentinhos logo de madrugada. No Belenenses, a época nem foi grande coisa com o 13º lugar final, numa equipa onde jogavam Filgueira, Silvino, Andrade, Tonanha, Rui Esteves ou M’Jid. À terceira jornada, e depois de duas derrotas, eis que surge no onze o Paulo ao lado de Paulo Madeira. «Personalidades iguais», disse-nos Marinho, que jogou com eles no Estrela da Amadora alguns anos depois. Também falámos com Paulo Madeira, que o descreveu como «pacato e muito correto com os colegas», frisando que «jogando ou não jogando era sempre a mesma pessoa». A verdade é que ele jogou 27 vezes nesse ano, estreando-se a marcar no escalão profissional. Foi na antiga Luz, logo aos 6 minutos, abrindo as hostes da vitória azul por 1×2. Época boa a nível pessoal, portanto, mas novamente com um entrave: um tal de Mário Jardel. Em casa ficou 0x2, fora 2×1. Em suma, duas derrotas com os dragões e quatro golos doSuper Mário.

Marítimo, Vitória de Guimarães e… lesões

No ano seguinte, o salto até meio do Atlântico. No Marítimo, o Paulo terá feito a sua melhor época, com 31 jogos e dois golos, à Académica e ao Varzim. Só não jogou mesmo com o FC Porto, onde continuava o tal Jardel. Quinto lugar e a Europa no bolso, além de um bilhete de volta ao continente e ao norte, para jogar no Vitória de Guimarães. Aí, a subida a pulso na carreira parou, com as lesões a debilitarem o Paulo. Para além de Fernando Meira, Pedro Espinha, Flávio Meireles, Riva, Södeström ou Pedro Mendes, só deu mesmo para conhecer um pouco mais do país a norte, por quem ficou apaixonado. É que, em jogos, foram três na primeira e três na segunda época.

Em 2000, tinha o Paulo 27 cajus, regressou ao sul novamente, para finalizar a carreira no Estrela da Amadora. Desceu, subiu, desceu, subiu… e pendurou as botas. Ao todo, cinco épocas na Reboleira, onde, disse Paulo Madeira, «era tão pacato e tão humilde que nada o chateava». Em suma, «todos gostavam dele».

Foi treinado por vários, desde Jesus, sobre quem disse ser admirador, numa entrevista ao MaisFutebol, a Álvaro Magalhães. «Allô mister, estamos a fazer um trabalho sobre o Paulo Fonseca. Como era ele?», perguntamos nós, levando logo com um «Eish! Pessoa extraordinária. Sempre disponível, bom profissional, queria sempre melhorar». Curiosamente, o adjetivo usado foi novamente o de pessoa «pacata», alguém que «aceitava sempre as decisões» e «nada conflituoso». Álvaro recordou também um «menino» que aparecia na altura, João Afonso, que agora joga no Belenenses, e que o Paulo educava: «Às vezes temos aqueles veteranos que acham que têm que falar de cima para baixo com os miúdos, mas o Fonseca falava com ele naturalmente, orientava o miúdo quando o lancei. Era um descanso para mim».

Marinho, colega no Estrela da Amadora

Nessa equipa jogava também Marinho, antigo lateral do Sporting e do Benfica. Bem disposto ao telefone, descreve o Fonseca como alguém «com trato muito afável, muito tranquilo», uma pessoa «cuidadosa na forma de vestir» e que, sendo atento à imagem e à moda, «conseguia vestir-se de forma vanguardista, só que não era vaidoso e não tão excêntrico como o Abel Xavier». 

Foto: espacoavense.blogspot.com

O Paulo, com quem se dá «muito bem», é uma pessoa carpe diem, que «vive o dia-a-dia» e que sabe ser «equilibrada, porque o futebol não tem que ser 24 horas por dia». Marinho conta ainda que o amigo Paulo é «apaixonado» pelos U2 e um dia pregou-lhe uma surpresa: «Os U2 vinham a Alvalade em 2005. Na altura ele estava a acabar a carreira e eu sabia que ele adorava ir ver o concerto. Então fui comprar dois bilhetes antes que eles esgotassem e ofereci-lhe. Ficou doido!»

O novo ‘bichinho’

A carreira do Paulo chegava ao fim mas, como diz Bono Vox, vocalista dos U2, «I still haven’t found what I’m looking for» (1). Nessa altura, já ele andava de olho na questão da tática e do estudo do jogo, vertente para a qual contribuíram alguns treinadores que teve, como Jorge Jesus, João Alves, Norton de Matos e Augusto Inácio. Mesmo assim, o ‘sósia’ Paulo Madeira garante que, quando o conheceu, «não era daqueles que queriam ser treinadores, isso nem lhe passava pela cabeça», e muito menos ao próprio Paulo Madeira. A dedução do antigo central do Benfica é que «foi o presidente do Estrela na altura que o pressionou para treinar os juniores».

«Vertigo» (2) foi coisa que Paulo Fonseca nunca teve e, por aquilo que lhe atribuem, parece mais fã do primeiro verso de uma das músicas do grupo irlandês, bafejada por um «I’m not afraid of anything in this world» (3). 

©Catarina Morais

1º Dezembro, Odivelas e Pinhalnovense. Ano a ano, degrau a degrau, o jovem técnico ia surgindo aos pouco a pouco, sempre com épocas completas (não fosse ele «contra as mexidas em janeiro», como disse à Antena 1). No segundo ano em Pinhal Novo, o primeiro contacto com a ribalta. Estávamos na época 2010/11 e a equipa atingia os Quartos da Taça de Portugal, visitando o Dragão e apenas sendo batida no fim pelo Incrível Hulk (2×0).

«A Taça de Portugal permitiu ao Pinhalnovense e à sua equipa técnica ter maior visibilidade do trabalho desenvolvido, por isso não foi totalmente inesperado o convite», começou por dizer o Paulo quando chegou ao Desportivo das Aves na época seguinte. Aí, treinou Amaury Bischoff, jogador que teve uma passagem pelo Arsenal e que vê Paulo Fonseca como… Arsène Wenger: «Pode ser um Wenger porque gosta muito de tática e de jogadores jovens».

Atualmente na 3. Bundesliga, Bischoff descreve que «um jogador sente-se muito bem» depois das conversas com o treinador, que «fala tudo positivo». Equipa física não rima com Paulo Fonseca, um «amante da tática e de equipas com bola», segundo Amaury.Os dois morreram na praia na época passada: o Aves esteve quase sempre em zona de subida, mas no fim foi o Moreirense a fazer a festa.

Churrascadas na Mata

Paulo Fonseca
2012/2013


41 Jogos
22 Vitórias
13 Empates
6 Derrotas

62 Golos
38 Golos sofridos

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De qualquer forma, o Paulo estava talhado para continuar a escalar degraus. O Paços de Ferreira, depois de uma grande segunda volta com Henrique Calisto, queria uma época 2012/2013 tranquila e sem sobressaltos. Para isso foi buscá-lo, mas tranquilidade nem houve muita para os lados da Mata Real. Pelo contrário, foi impossível ficar indiferente ao futebol dos castores e nem era preciso do apito inicial. No habitual aquecimento, quem fosse ao estádio via a equipa adversária trocar a bola entre os jogadores em praticamente meio-campo. Do outro lado, via os amarelos a fazer a mesma circulação em, talvez, uns 10 metros quadrados. Podiam ser pancadas, mas não, porque os passes saíam direitinhos e a bola não saía do circuito. Havia ali qualquer coisa, inevitavelmente.

André Leão e Tiago Valente, dois titulares no Paços de Ferreira ©Catarina Morais

André Leão, um dos indiscutíveis, diz-nos que «não há nada de invulgar, é uma pessoa tranquila, que nem fala muito». A sua grande virtude é «a abertura aos jogadores», os quais o Paulo deixa falar primeiro no fim dos jogos e opinar sobre o que quiserem. O médio, que foi considerado o melhor 6 português a atuar no campeonato pelo próprio treinador, refutou a ideia dos vídeos e conta uma forma particular que o técnico tinha para motivar a equipa: «Não havia cá vídeos. Ele preferia prometer-nos um churrasco se não sofrêssemos golos».

Esta ideia soltou a gargalhada de Tiago Valente, central que veio com o treinador da Vila das Aves: «Sim, sim, é verdade. Era isso ou prometer-nos uma folga extra se fizéssemos determinado número de cruzamentos, por andarmos a jogar pouco nos flancos. Ele arranja sempre forma de ter o grupo motivado e com objetivos, é impressionante!». À Antena 1, no programa Grandes Adeptos, o treinador confessou mesmo que Tiago Valente era um dos dele, elogios aceites pelo defesa, que destaca «o equilíbrio» do Paulo, que «nunca se põe em bicos de pés nem nunca se rebaixa com ninguém».

©Catarina Morais

André Leão e Tiago Valente entram em sintonia quando lhes é questionado o momento da época: dia 20 de outubro, na véspera do jogo com o Estoril, para a Taça de Portugal. A época até tinha começado bem e o momento nem era mau, pois vinha o Paços de quatro jogos com saldo de uma vitória, dois empates e uma derrota, com o Benfica. Só que era pouco para o Paulo, que reuniu os jogadores no hotel e lhes perguntou: «É isto? É isto o nosso limite? Não poderemos nós dar mais para fazer qualquer coisa diferente?». O Paços ganhou o jogo no Estoril (1×2) e embalou para treze jogos onde empatou três e ganhou 10! Definitivamente, não era aquele o limite da equipa.

O resto são histórias banhadas a amarelo, são sonhos ultrapassados, são metas atingidas, são constantes «Sunday Bloody Sunday» (4) para quem aparecia na Mata Real.

Toda esta «Electrical Storm» (5) provocou um «Unforgettable Fire» (6) nos clubes da ribalta portuguesa. Quis o destino que o último técnico da época a ser abraço por Paulo Fonseca fosse aquele a quem iria suceder. Quis o destino que o 10 de junho fosse o «Beautiful Day» do rapaz do Barreiro, que um dia se apaixonou pelo caráter do jogador nortenho.

FC Porto
2012/2013

55 Jogos oficiais
41 Vitórias
10 Empates
4 Derrotas

118 Golos
28 Golos sofridos

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A tranquilidade, o equilíbrio e a sensatez serão algumas das caraterísticas que os portistas vão poder observar no Dragão, num treinador que «é capaz de ver quatro ou cinco vezes o mesmo jogo até ter o adversário estudado» (Tiago Valente), que «brinca mais com os jogadores que não jogam, porque cativar os que jogam é fácil» (André Leão), que «não vai entrar em picardias com Jesus, porque o tem como uma referência» (Paulo Madeira) ou que «pode ter que picar qualquer um, porque é profissional» (Álvaro Magalhães). Certo é que o FC Porto «é o clube ideal» (Amaury) e que «deu um passo de cada vez para lá chegar e, como tal, chegou com todo o mérito» (Marinho).

Chamar-lhe ‘homem da pêra’ é capaz de soar a anos 90, chamar-lhe ‘novo Wenger’ é capaz de soar a futuro. Chamemos-lhe Paulo Fonseca, com 40 cajus, o novo timoneiro de uma Invicta sem derrotas. «Uno, dos, tres… Catorce!».

P.S.: Mentimos no início do perfil, porque dissemos que ninguém lhe apontou um defeito. Tiago Valente deixou escapar um pormenor que não lhe agrada: «É fã dos U2». 

in “zweozweo.pt”

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Proposta por Fernando veio de França

A proposta «honrosa» a que Fernando fez referência quando manifestou, através do Facebook, o desejo de deixar o FC Porto terá sido formulada por um clube francês, segundo noticia a Eurosport.

O Mónaco, que já fez entrar nos ´cofres` azuis e brancos 70 milhões de euros para ter João Moutinho e James Rodriguez, e o Paris Saint-Germain são, por esta altura, os principais candidatos à contratação do médio brasileiro, de 25 anos, que também desperta a cobiça do Inter Milão.


Tal como A BOLA noticiou no último domingo, a proposta que chegou ao Dragão foi considerada insuficiente pela SAD, que só admite abrir mão do ´polvo` por ofertas na ordem dos 20 milhões de euros.


A cláusula de rescisão, essa, está fixada em 30 milhões de euros.


in “abola.pt”
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Vítor Pereira causou mal-estar no Dragão

Vítor Pereira deixou o FC Porto após a conquista de dois títulos nacionais, apenas com uma derrota no campeonato ao longo das duas épocas em que comandou os dragões, mas a saída pode não ter sido tão pacífica como se pensava, dado o desacordo para a continuidade. 

Parece claro para os dragões que Vítor Pereira ficou mal na fotografia ao assinar o milionário contrato com outro clube continuando vinculado ao FC Porto, ainda que o acordo com os dragões cesse a 30 de junho. 


O tema será suscetível de conhecer desenvolvimentos do ponto de vista legal, pois em causa podem estar direitos de imagem associados ao contrato, mas tudo indica que a situação ficará resolvida com uma conversa… de despedida.


in “abola.pt”
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Dragões vão ultrapassar Benfica na corrida a Rulli

PROPOSTA VAI SEGUIR PARA O ESTUDIANTES

O FC Porto estará prestes a apresentar uma proposta ao Estudiantes de la Plata por Gerónimo Rulli, antecipando-se assim ao rival Benfica, que também segue o guarda-redes argentino de 21 anos.

De acordo com vários meios de comunicação social argentinos, como o canal TV TyC Sports e o jornal “El Día”, há muito que os portistas observam Rulli, que Juan Sebastián Verón, diretor desportivo do Estudiantes, pretende manter mais uma temporada, de forma a capitalizar o seu valor.

Rulli só há pouco tempo agarrou a titularidade, mas, em pouco tempo atraiu a atenção dos dois grandes portugueses e também do Manchester City, que já pediu informações sobre a situação contratual.

Todavia, é o FC Porto que está na “pole position” para garantir a contratação.

A ideia incial dos portistas seria garantir Rulli antes do arranque de 2013/14, ou depois, no mercado de inverno, estratégia que deverá agora ser descartada face ao interesse de outros clubes.
in “record.pt”
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Nova vida para Iturbe

GANHA FÔLEGO PARA CONVENCER PAULO FONSECA

Saiu em janeiro e fê-lo de costas voltadas para Vítor Pereira, treinador com o qual nunca teve a melhor relação, conforme já confessou publicamente. Juan Iturbe foi, por isso, emprestado ao River Plate por um período de seis meses, o que quer dizer que deve voltar ao Dragão nos primeiros dias de julho para integrar a pré-época, agora sob o comando de Paulo Fonseca, treinador ao qual se vai mostrando a partir do outro lado do Atlântico.

in “record.pt”
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Sereno: «Não vou continuar no Valladolid»

FC PORTO TEM DE DECIDIR FUTURO

O central do FC Porto, Sereno, esteve a temporada passada emprestado ao Valladolid, mas garante que o seu futuro não passa pelo clube espanhol.

“Não vou continuar no Valladolid, agora tudo dependerá do FC Porto. Ele tem a última palavra. Eu não posso falar muito, se ficar no plantel do FC Porto é bom, se sair também é bom”, disse.
in “record.pt”
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ALEX SANDRO FICA NO FC PORTO "Quero mais páginas desta bela história"

Lateral-esquerdo destacou a forma como o FC Porto conquistou mais um título e garante que não está a pensar em sair.
A conquista do campeonato pelo FC Porto foi especial para Alex Sandro, que aos 22 anos somou o décimo troféu em cinco anos de carreira como atleta profissional. Em declarações à sua assessoria de Imprensa, o lateral-esquerdo exaltou a forma como o título foi conseguido, destacando o facto de a equipa não ter perdido qualquer partida. 

“Foi uma conquista merecida. A equipa esforçou-se muito em busca desse objetivo e conseguimos terminar a competição sem nenhuma derrota”, começou por dizer. 

Depois da eliminação na Taça de Portugal, do adeus à Liga dos Campeões nos oitavos de final e da derrota na final da Taça da Liga, o FC Porto correu atrás do prejuízo no campeonato, conseguindo recuperar na reta final os quatro pontos de desvantagem que tinha para o Benfica. 

in “ojogo.pt”
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Paulo Fonseca: risco? Talvez não

Pinto da Costa contratou um treinador de 40 anos que conseguiu um dos maiores feitos da história do futebol português médio ao deixar o Paços de Ferreira na Liga dos Campeões. E mais uma vez se grita a palavra risco. Talvez seja altura de encararmos a questão de outros pontos de vista.

Muito experiente, o presidente do F.C. Porto confiou em treze treinadores portugueses para começar mais de metade das temporadas que leva no clube. Desses, apenas três tinham mais de 45 anos quando entraram pela primeira vez no balneário azul-e-branco. José Maria Pedroto regressou com Pinto da Costa aos 54 anos. Octávio Machado dirigiu a equipa principal do F.C. Porto aos 52 e Jesualdo Ferreira chegou ao Dragão aos 60 anos. E acabou por ficar quatro temporadas.


Todos os outros tinham menos de 45 anos. Alguns menos de 40. Artur Jorge estava nos 38 quando Pinto da Costa lhe ofereceu o banco. Depois vieram Quinito (40), Inácio (40, começou uma época quando Robson estava doente), António Oliveira (44), Fernando Santos (44), José Mourinho (39), José Couceiro (42), André Villas-Boas (33) e Vítor Pereira (43). Paulo Fonseca tem 40 anos.


A experiência de cada um daqueles treinadores era diferente. Alguns tinham sido bons jogadores, outros nem perto. Uns tinham sido adjuntos, outros começaram cedo a desempenhar a função de treinador principal. Outros até tinham passado por diferentes funções. Olhado assim, do ponto de vista da história, Paulo Fonseca não parece uma aposta especialmente arriscada. Pelo menos não mais arriscada do que pareceu Vítor Pereira há dois anos, na altura apenas o discreto adjunto de Villas-Boas, o mais novo de todos os treinadores algum dia escolhidos por Pinto da Costa. E, já agora, a mais arriscada aposta.


Esta segunda-feira, quando se apresentou no Chelsea, Mourinho lembrou que há treze anos, no Benfica, achava que sabia tudo. E agora percebe que afinal não sabia nada. Tem razão, por norma o tempo melhora-nos, a experiência ajuda-nos. Mas por outro lado também perdemos algumas características. 


Uma vez que não acredito em coincidências, creio que Pinto da Costa está convencido de que a ambição é um traço central num treinador. Por isso os procura jovens. Estará também convencido de que escolher português é ganhar tempo, é contratar conhecimento da realidade local, de jogadores e de maneiras de montar equipas. O F.C. Porto é um clube que privilegia treinadores que conheçam a identidade do clube. Se pensarmos, os últimos três já tinham estado por lá. Villas-Boas, Vítor Pereira e agora Paulo Fonseca, fugaz jogador azul-e-branco nos anos 90.


Pode ser que Paulo Fonseca tenha sucesso, pode ser que falhe. Uma coisa parece evidente: a escolha do antigo treinador do Paços de Ferreira é coerente com o que têm sido as opções do F.C. Porto de Pinto da Costa. 


Para Paulo Fonseca este é obviamente o melhor dia da sua carreira futebolística. Em Paços de Ferreira demonstrou capacidade para montar uma equipa e gerir um plantel. Isso ninguém lhe nega. Precisará agora de colocar a equipa a jogar o bom futebol que os adeptos do F.C. Porto exigem, demonstrar competência na Liga dos Campeões e capacidade de luta nos duelos mediáticos com Jorge Jesus.


Todos temos tendência a achar que treinar um grande é diferente. Mas talvez seja tempo de abandonar esse discurso, o discurso do risco. Afinal, nos últimos anos a norma é ver ganhar treinadores portugueses com pouca ou nenhuma (mais nenhuma do que pouca) experiência no lugar principal do banco de um clube grande. Recorde comigo a lista: Vítor Pereira, Villas-Boas, Jesualdo Ferreira (uns meses no Benfica), José Mourinho (uns meses no Benfica), Jaime Pacheco, Augusto Inácio (uns meses no F.C. Porto, devido à doença de Robson).


Luis Sobral in “maisfutebol.iol.pt”
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Moutinho: «O FC Porto contratou um grande treinador»

João Moutinho, internacional português que foi titular na vitória sobre a Croácia, em jogo particular realizado em Genebra, comenta a vitória sobre os croatas e fala do antigo clube, o FC Porto, em declarações à RTP:

«Jogar sempre, ajudar a equipa, isso é o mais importante. Foi isso que aconteceu, vencemos. Apesar de ser jogo um amigável tivemos boa atitude. Se quero marcar mais golos? Os objetivos são sempre para ser aumentados. Melhorei e quero mais, vou jogar da mesma maneira e se possível ajudar com golos e assistências.»


[acerca da ausência do Mónaco nas provas da UEFA, se isso influenciará na seleção] 


«O ritmo ganha-se nos jogos, vamos ter muitos, taça, campeonato e Mundial se Deus quiser. Estaremos na máxima força.»


[como viu as mudanças no FC Porto?]


«São Dois grandes treinadores, o FC Porto contratou um grande treinador e desejo-lhe a maior sorte do mundo.» 


[acerca das queixas dos adeptos na Suíça, que reclamaram maior atenção dos jogadores]


«Tivemos uma viagem cansativa depois de um jogo cansativo. Não podemos dar sempre a atenção que queremos, mas quando podemos estamos lá.»


in “maisfutebol.iol.pt”
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Atsu triste com saída de Vítor Pereira

O ganês desejou sorte ao treinador que deixou o FC Porto e que apostou nele
Atsu mostrou-se triste com a confirmação da saída de Vítor Pereira do FC Porto, através do Twitter. O ganês expressou-se em inglês, lembrando que foi o treinador que lhe deu a oportunidade de chegar à equipa principal e acreditou nas suas qualidades, acabando por se sagrar campeão nacional esta temporada. A terminar, Atsu desejou sorte a Vítor Pereira na nova etapa da sua carreira.
in “ojogo.pt”
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